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Crise na Saúde: Sete Urgências Hospitalares Fechadas Expõem Fragilidade do SNS

Sete serviços de urgência hospitalares encontram-se hoje encerrados em Portugal, maioritariamente nas especialidades de Ginecologia e Obstetrícia. Esta situação crítica expõe as fragilidades do SNS e contradiz o discurso otimista do governo sobre melhorias no sistema de saúde.

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Crise na Saúde: Sete Urgências Hospitalares Fechadas Expõem Fragilidade do SNS

Entrada de serviço de urgência hospitalar encerrado em Portugal

Sistema público de saúde sob pressão crescente

Num novo golpe ao acesso universal aos cuidados de saúde, sete serviços de urgência encontram-se hoje encerrados em hospitais públicos portugueses, afetando principalmente as especialidades de Ginecologia e Obstetrícia. Esta situação crítica expõe, mais uma vez, as consequências do desinvestimento continuado no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Unidades afetadas pelo encerramento

  • Hospital de Vila Franca de Xira: Urgências de Pediatria e Ginecologia/Obstetrícia
  • Hospital Garcia de Horta (Almada): Urgência de Ginecologia/Obstetrícia
  • Hospital São Bernardo (Setúbal): Urgência de Ginecologia/Obstetrícia
  • Hospital de Santarém: Urgência de Ginecologia/Obstetrícia
  • Hospital Infante Dom Pedro (Aveiro): Urgência de Ginecologia/Obstetrícia
  • Hospital de Santo André (Leiria): Urgência de Ginecologia/Obstetrícia

Contradições governamentais face à realidade no terreno

Enquanto o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirma que o plano de emergência para a saúde está a produzir resultados positivos, a realidade vivida pela população contradiz este discurso otimista. A situação é particularmente grave na Península de Setúbal, onde, contrariamente às declarações oficiais, continuam a registar-se encerramentos significativos.

"Há hoje menos urgências fechadas e mais urgências abertas" - António Leitão Amaro, ministro da Presidência

Impacto nas comunidades e alternativas disponíveis

As populações mais vulneráveis são as principais afetadas por estes encerramentos, sendo forçadas a procurar atendimento em unidades mais distantes. As autoridades de saúde recomendam o contacto prévio com a Linha SNS24 (808 24 24 24), mas esta solução não responde às necessidades urgentes de cuidados presenciais.

Esta crise continuada no SNS realça a necessidade urgente de um verdadeiro investimento no sistema público de saúde, com valorização dos profissionais e reforço das infraestruturas hospitalares.