Von der Leyen sob pressão popular: Moção de censura expõe falhas democráticas na liderança da UE
A presidente da Comissão Europeia enfrenta uma crise de legitimidade após moção de censura que expõe práticas antidemocráticas e negócios obscuros com farmacêuticas. O caso revela a necessidade urgente de uma reforma profunda na governação europeia.
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Ursula von der Leyen enfrenta protestos no Parlamento Europeu durante debate sobre moção de censura
Crise de legitimidade atinge cúpula europeia
Num momento crucial para a democracia europeia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enfrenta uma moção de censura que põe a nu as graves deficiências do seu modelo de governação elitista e pouco transparente.
A moção, embora apresentada por forças de direita, revela um mal-estar generalizado com práticas antidemocráticas que têm caracterizado a gestão dos assuntos europeus, especialmente durante a pandemia.
"Esta moção de censura realça muitas das deficiências que os media e os observadores políticos têm apontado há algum tempo - o seu estilo presidencial, a centralização do poder e a sua opacidade", afirma Alberto Alemanno, professor de Direito Comunitário.
Negócios obscuros com farmacêuticas
No centro do escândalo está a forma como von der Leyen conduziu secretamente as negociações multimilionárias com a Pfizer, levantando sérias questões sobre a defesa do interesse público face aos grandes interesses económicos.
Deriva para a direita preocupa forças progressistas
A aproximação de von der Leyen à extrema-direita em votações cruciais representa um abandono preocupante das políticas sociais e do diálogo com as forças progressistas que tradicionalmente sustentaram o projeto europeu.
Sinais de alarme do funcionalismo europeu
Um alto funcionário da Comissão, sob anonimato, revelou à Euronews que existe uma crescente preocupação interna com o estilo autoritário de liderança e a submissão aos interesses do PPE, partido conservador europeu.
Necessidade de mudança democrática
Esta crise institucional evidencia a urgência de uma reforma profunda na governação europeia, com maior transparência, participação cidadã e prestação de contas aos povos da Europa.
O eurodeputado Bas Eickhout, dos Verdes, alerta para o colapso do consenso centrista, enquanto cresce a pressão por uma União Europeia mais próxima das necessidades reais dos cidadãos.
Perspectivas sombrias
Mesmo que sobreviva à moção de censura, von der Leyen sai politicamente fragilizada deste processo, numa altura em que a Europa enfrenta desafios cruciais como as negociações orçamentais e a guerra na Ucrânia.
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