Sistema Nacional de Saúde Falha na Amazónia: Força Aérea Assume Papel do Estado
A Força Aérea Brasileira realiza missão de emergência na Amazónia, prestando cuidados médicos básicos a populações abandonadas pelo Estado. Em apenas 8 dias, foram realizados 37 mil atendimentos, evidenciando a grave crise no acesso à saúde pública na região.
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Hospital itinerante da FAB montado sobre balsas atende população ribeirinha em Breves, Ilha do Marajó
Força Aérea Brasileira Presta Cuidados Básicos que o Estado Devia Garantir
Numa demonstração clara da ausência do Estado e das falhas do sistema de saúde público, a Força Aérea Brasileira (FAB) vê-se obrigada a assumir funções básicas de assistência médica na região amazónica, realizando 37 mil atendimentos em apenas 8 dias.
Realidade Chocante das Comunidades Isoladas
O caso de Aldenise Rodrigues ilustra a gravidade da situação social na região. Mãe de 12 filhos, nunca teve acesso a uma consulta ginecológica ou acompanhamento pré-natal, um direito básico negado a milhares de mulheres.
"Nunca tive a oportunidade. E hoje chegou o dia", relata Aldenise, revelando a precariedade do acesso à saúde na região.
Isolamento e Desigualdade Social
Em Breves, na Ilha do Marajó, algumas comunidades encontram-se a 17 horas de barco do centro médico mais próximo. Esta realidade expõe a profunda desigualdade territorial no acesso aos serviços básicos de saúde.
A privatização silenciosa da saúde agrava ainda mais a situação, como evidencia o testemunho de Luzia Rodrigues: "É difícil conseguir consulta, porque é mais particular que tem."
Mobilização de Emergência
A operação conta com cerca de 400 profissionais, incluindo parcerias com a ONG Voluntários do Sertão e a Fiocruz. Embora louvável, esta iniciativa evidencia a ausência de políticas públicas efetivas de saúde na região.
Necessidades Básicas Por Satisfazer
O caso de Elaine Lima, que precisou enfrentar condições adversas para conseguir a primeira consulta do filho autista com uma neuropediatra, demonstra como serviços essenciais continuam inacessíveis para a população mais vulnerável.
"A gente não tem condições financeiras, e em Breves não tem essa especialidade", desabafa Elaine, retratando o drama de milhares de famílias.
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