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Rio Intensifica Controlo nas Praias em Nova Operação de Verão

Nova operação de controlo das praias do Rio mobiliza mais de mil agentes e implementa medidas controversas de vigilância, levantando questões sobre acesso público e direitos sociais.

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Image d'illustration pour: Prefeitura inicia a Operação Verão 2025/2026 na orla do Rio com o objetivo de intensificar o ordenamento urbano e coibir irregularidades - Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro - OPINIÃO E NOTÍCIA

Guarda municipal observa a orla do Rio durante operação de controlo nas praias

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro lançou esta sexta-feira uma operação massiva de controlo das praias que levanta questões sobre o acesso aos espaços públicos e gestão dos espaços de lazer populares. Num momento em que as cidades debatem o equilíbrio entre ordem pública e direitos sociais, a operação mobiliza mais de mil agentes.

Medidas Controversas e Impacto Social

O plano, que evoca questões de desigualdade no acesso aos espaços públicos, inclui a proibição de elementos tradicionalmente associados ao lazer popular, como caixas de som e churrasqueiras nas areias. Marcus Belchior, secretário de Ordem Pública, justifica as medidas como necessárias para uma "convivência harmónica".

Vigilância e Controlo Social

A implementação de drones e 200 câmaras de vigilância, reminiscente de medidas de controlo urbano controversas em outras metrópoles, levanta preocupações sobre privacidade e liberdades individuais. A operação inclui:

  • 350 agentes dedicados ao ordenamento urbano
  • 468 guardas municipais para patrulhamento
  • 186 agentes de trânsito
  • Monitorização intensiva por drones e câmaras

Transportes e Acessibilidade

Embora a prefeitura anuncie um reforço nas linhas de autocarros durante os fins-de-semana, questiona-se se estas medidas são suficientes para garantir o acesso democrático às praias, especialmente para moradores das periferias.

A operação prioriza o controlo sobre medidas de inclusão social e acesso universal ao lazer, refletindo uma abordagem que privilegia a ordem sobre os direitos coletivos.