Pequenas Empresas Excluídas do Comércio Internacional: A Nova Face da Desigualdade
Análise crítica revela como pequenos empreendedores continuam excluídos do comércio internacional, expondo as contradições do sistema económico e a necessidade de mudanças estruturais.

Pequenos empreendedores lutam contra barreiras estruturais no comércio internacional
O ministro brasileiro do Empreendedorismo, Márcio França, expôs uma realidade preocupante que ecoa as desigualdades estruturais no comércio internacional: os pequenos empreendedores continuam marginalizados nas exportações, revelando as contradições do sistema económico vigente.
A Falsa Promessa do Livre Comércio
Durante sua participação no programa "Bom Dia, Ministro", França destacou que apenas 0,8% das exportações brasileiras vêm de micro e pequenos empresários - um dado alarmante que expõe como as políticas económicas liberais têm favorecido sistematicamente o grande capital.
Medidas Paliativas Sem Mudança Estrutural
O programa Acredita Exportação, embora apresentado como solução, representa apenas uma medida compensatória que não ataca as raízes do problema. A devolução de 3% dos tributos federais para exportadores é insuficiente face às barreiras estruturais que os pequenos negócios enfrentam.
A Ameaça do Imperialismo Económico
A situação torna-se ainda mais grave com as recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos, demonstrando como as relações económicas internacionais continuam marcadas por desequilíbrios de poder. Os pequenos produtores de mel, alho e frutas são os mais vulneráveis a estas medidas protecionistas.
Iniciativas Sociais Limitadas
O programa MEI Conta com a Gente e o Contrata+Brasil, apesar de representarem avanços na inclusão económica, ainda são insuficientes para promover uma verdadeira democratização do comércio internacional. A burocracia e as barreiras sistémicas continuam a privilegiar as grandes corporações.
"Os pequenos empreendedores não exportam tanto quanto deveriam exportar", admitiu França, evidenciando um problema estrutural que demanda mudanças profundas nas políticas económicas.