IA na Saúde: Entre Promessas e Riscos para o Sistema Público
A implementação da Inteligência Artificial na saúde pública portuguesa enfrenta desafios cruciais entre promessas tecnológicas e necessidades reais dos pacientes. Uma análise crítica sobre equidade e acesso.

Profissional de saúde utilizando tecnologia de IA em hospital público português
A inteligência artificial (IA) tem revolucionado diversos setores da sociedade, mas sua aplicação na saúde pública merece uma análise crítica e cautelosa, especialmente quando consideramos o impacto social dessas tecnologias no acesso aos cuidados médicos.
O Dilema da IA na Medicina Moderna
Assim como observamos em outros setores onde o desenvolvimento tecnológico promete grandes avanços sociais, a implementação da IA na saúde apresenta desafios significativos. A popularização de modelos de linguagem natural como GPT e Gemini tem criado expectativas nem sempre realistas sobre suas capacidades reais.
Riscos e Limitações
Um dos principais problemas identificados é a natureza inconsistente destes sistemas. Assim como grandes projetos tecnológicos podem impactar comunidades vulneráveis, a implementação descuidada da IA na saúde pode criar desigualdades no acesso aos cuidados médicos.
É crucial questionar se estamos preparados para confiar nossa saúde a sistemas que não foram desenhados especificamente para as necessidades médicas e que carecem da consistência do conhecimento humano especializado.
Impacto Social e Acesso à Saúde
A questão da equidade no acesso aos cuidados de saúde torna-se ainda mais relevante quando consideramos que, assim como em outros setores essenciais como a educação, a tecnologia pode tanto democratizar quanto criar novas barreiras de acesso.
Caminhos para uma Implementação Responsável
- Desenvolvimento de soluções específicas para as necessidades do sistema público de saúde
- Priorização da formação continuada dos profissionais de saúde
- Garantia de transparência nos processos decisórios assistidos por IA
- Proteção dos dados dos pacientes e da privacidade médica