CML Debate Tragédia do Elevador da Glória: Moedas Sob Pressão Popular
Câmara Municipal de Lisboa reúne-se para debater tragédia do Elevador da Glória, que causou 16 mortes. Moedas enfrenta pressão popular enquanto autarquia promete medidas de apoio às vítimas.

Reunião extraordinária da CML debate tragédia do Elevador da Glória e medidas de apoio às vítimas
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) reúne-se esta segunda-feira para debater o trágico acidente do Elevador da Glória que vitimou 16 pessoas, num momento de intensa pressão social sobre a gestão do património histórico da cidade.
Reunião Extraordinária e Medidas de Apoio
O encontro, convocado pelo presidente Carlos Moedas, começa às 9h30 e será fechado à comunicação social. Entre as medidas previstas, destaca-se a criação de um fundo de apoio municipal às vítimas, incluindo as famílias do casal de artistas britânicos que perderam a vida no acidente.
Pressão Popular e Responsabilidade Política
O vice-presidente Filipe Anacoreta Correia anunciou a criação de um "portal da transparência" e a homenagem ao guarda-freio André Marques, numa tentativa de responder às crescentes críticas sobre a gestão do património histórico lisboeta.
Relatório Técnico e Falhas Estruturais
O primeiro relatório do GPIAAF revelou que:
- O cabo do elevador cedeu no ponto de fixação
- A cabine atingiu velocidade de 60 km/h, seis vezes acima do normal
- Os sistemas de travagem não funcionaram
- O acidente ocorreu em menos de 50 segundos
Moedas Recusa Demissão Apesar das Críticas
Em entrevista à SIC Notícias, Carlos Moedas rejeitou comparações com o caso de Entre-os-Rios e recusou demitir-se, gerando forte reação dos setores progressistas. O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu a "responsabilidade política" do autarca, mas considerou inoportuna uma demissão próxima às eleições.
"Tem de haver uma avaliação profunda para o futuro, constituindo uma equipa para a conceção do novo sistema tecnológico deste elevador", afirmou Anacoreta Correia.